“OS ALUNOS COM FALHAS NA SUBJETIVAÇÃO NO ENSINO REGULAR: UM OLHAR PSICANALÍTICO”
(Por Roberta Branco)
Se você está apto a ler essas linhas agora, agradeça aos seus pais. Eles fizeram valer seu direito à educação. Agradeça também aos professores que cruzaram seu caminho e te ajudaram nessa infinita jornada que é o conhecimento. Pode parecer óbvio que o direito à educação seja para todos, assim como o direito à liberdade, mas não. Não em um país como o nosso, onde um transtorno ainda é capaz de anular o acesso à educação para muita gente.
E é sobre direitos que esse estudo reflete. Direito à educação e à inclusão de alunos com autismo e psicose infantil, uma realidade que atinge milhões de crianças no Brasil e no mundo.
Longe de ser um manual de como professores devem receber alunos com necessidades especiais em sala de aula, o trabalho joga luz sobre o respeito às singularidades e unicidade de cada um. E, assim, nos convida a pensar na inclusão simbólica e ruptura de padrões, estereótipos e preconceito já tão enraizados na nossa cultura.
Embora o número de alunos com autismo em escolas comuns tenha crescido no último ano, sabemos que esse tipo de aprendizagem ainda é um desafio para a educação. Entretanto, os autores sugerem ferramentas e práticas que vão além da presença física em sala de aula. São medidas que podem ajudar na inclusão escolar, com propostas como uma formação continuada, parceria com os pais, adaptação de métodos de trabalhos, empatia e criatividade.
A provocação aqui é pensar sobre o futuro da educação de alunos com autismo e psicose infantil. Como descobrir lacunas e falhas nesse tipo de educação? Onde estamos errando? O que podemos melhorar? Qual seria ponto focal de atenção? Como docentes, pais e sociedade podem agir para construir uma sociedade mais justa e plural a partir das diferenças?
Já sabemos que essas diferenças no unem, mas qual tem sido o nosso desempenho para mudar essa realidade? Como descobrir e potencializar as habilidades desses alunos? Quanto cada um está disposto a aprender e se preparar para lidar com a heterogeneidade do outro? Qual é a nossa responsabilidade diante do cenário atual de exclusão, evasão e fracasso escolar?
É assim que esse trabalho me deixou, como muitas perguntas e muitas inquietações.
E é partir delas que podemos assumir o desafio de pensar a educação inclusiva em sala de aula, respeitando a diversidade e aprendendo com elas.
Este livro de sua autoria juntamente com o Nathan está fenomenal. Parabéns!
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